segunda-feira, 20 de julho de 2015

A CRISE É DE REPRESENTATIVIDADE

A CRISE É DE REPRESENTATIVIDADE  

NINJA
Um bom elemento pra se entender o difícil momento que vive a política brasileira, é decupar melhor de onde vem cada deputado e senador que compõem nosso Congresso Nacional.
João Pedro Stédile em depoimento a Caros Amigos mostra parte desse caminho: “(…) realizou-se no Brasil uma tríplice aliança entre o capital financeiro, que financia, as empresas transnacionais que controlam tudo, e os grandes proprietários de terra subservientes, que dividem o bolo. Essa aliança se chama agronegócio.”
O quadro atual é o seguinte: "Na atual legislatura, dez empresas fizeram doações para 360 deputados eleitos. Só as empreiteiras cacifaram 202 parlamentares em exercício de mandato, de 18 partidos. Os bancos elegeram 197 dos seus candidatos, espalhados por 16 siglas. Os frigoríficos, com a Friboi em destaque, financiaram 162 dos eleitos. O agronegócio tem 118 vozes na Câmara Federal; as mineradoras, 85. A Ambev ajudou a eleger 76 deputados." As informações estão na coluna de Mario Sergio Conti, em O Globo. Ele conclui: "70% da Câmara come na mão da grande burguesia".
O fim do financiamento empresarial de campanha política é uma das principais pautas no que se refere a representatividade e foi um dos pontos colocados em evidência durante o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político - mobilizado por mais de 450 movimentos e votado no último ano.
Mesmo assim, não foi esse o projeto levado a frente pelos nossos "representantes". Eduardo Cunha, obviamente, preferiu uma Reforma Política, essa que tramita no Câmara para potencializar ainda mais o financiamento privado e dar continuidade ao estilo que vigora na política brasileira: quem paga a banda escolhe a música!

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